A retirada da pré-candidatura de André Puccinelli à prefeitura de Campo Grande e sua consequente aliança com o PSDB de Beto Pereira trazem outros reflexos ao partido liderado pelo italiano em MS.
Candidaturas que seriam certas já foram junto do pacote negociado por André com os tucanos. Anastácio, Dourados e Costa Rica seriam cidades onde o MDB irá apoiar os planos do PSDB.
Em Dourados, o projeto do PSDB se trata da eleição do radialista e ex-deputado federal Marçal Filho; em Costa Rica, o PSDB tem aliança firmada com o PP para reeleição do prefeito Delegado Cleverson e Anastácio se trata da eleição do ex-prefeito Douglas Figueiredo, recentemente filiado ao ninho tucano.
Puccinelli anunciava seus planos desde o ano passado, mesmo período que o mundo político de MS também sabia que ele capitularia antes do início do pleito 2024. A novidade é que ele concorrerá a uma cadeira de vereador para tentar dar fôlego ao MDB e eleger mais alguns pela legenda.
A união com PSDB tenta trazer uma sobrevida ao MDB, que desde os anos 90 é comandado por André Puccinelli e passa por seu período de maior seca. Puccinelli retrai o partido para tentar sobreviver a 2026 com pelo menos um deputado federal eleito. Ironicamente, se dizem nos bastidores que a única influência do partido hoje é no Tribunal de Contas do Estado, onde o presidente Conselheiro Jerson Domingos por muito tempo foi deputado pela sigla e tem como braço-direito o filho de André, o advogado André Puccinelli Júnior.
